A vida no campo exige esforço diário, seja no plantio, na colheita ou no cuidado com animais. Em municípios como Sardoá, Virgolândia e regiões vizinhas do Vale do Rio Doce, grande parte da população vive da agricultura familiar ou de outras atividades rurais.
Apesar das dificuldades enfrentadas no dia a dia, muitos trabalhadores ainda não sabem que têm direito à aposentadoria rural em Sardoá e Virgolândia, um benefício garantido pela Constituição Federal e pela legislação previdenciária brasileira.
Este guia foi preparado especialmente para os trabalhadores e trabalhadoras do campo da nossa região, com informações práticas e atualizadas sobre quem tem direito, como comprovar a atividade rural, quais são os documentos necessários, o valor do benefício e como dar entrada no INSS com mais segurança.
O que é a aposentadoria rural?
A aposentadoria rural é um benefício previdenciário destinado aos segurados especiais, ou seja, aqueles que trabalham no meio rural em regime de economia familiar, sem vínculo empregatício formal.
Isso inclui pequenos agricultores, lavradores, meeiros, boias-frias e pescadores artesanais, desde que não tenham empregados permanentes.
A principal vantagem da aposentadoria rural em Sardoá e Virgolândia é que ela não exige o pagamento de contribuições mensais ao INSS, desde que o trabalhador consiga comprovar sua atividade no campo pelo tempo mínimo exigido.
Quem tem direito à aposentadoria rural em Sardoá e Virglândia?
Para ter direito ao benefício como segurado especial, o trabalhador rural precisa atender a dois requisitos básicos:
- Idade mínima:
- 60 anos para homens
- 55 anos para mulheres
- 60 anos para homens
- Tempo mínimo de atividade rural:
- Pelo menos 15 anos de trabalho no campo, comprovados por documentos.
- Pelo menos 15 anos de trabalho no campo, comprovados por documentos.
Esses critérios são válidos mesmo para quem nunca contribuiu diretamente ao INSS, desde que o exercício da atividade rural seja devidamente comprovado.
Em casos em que o trabalhador rural contribuiu facultativamente como contribuinte individual, ele também pode se aposentar, inclusive com valores superiores ao salário mínimo.
Quais atividades contam como trabalho rural?
A aposentadoria rural em Sardoá e Virgolândia abrange diversas atividades típicas do meio rural, desde que realizadas em regime de economia familiar ou como trabalhador sem registro formal. São exemplos:
- Plantio e colheita de café, feijão, milho, mandioca e outros produtos típicos da agricultura regional;
- Criação de galinhas, suínos, bovinos ou caprinos para consumo próprio ou venda em pequena escala;
- Produção de leite em pequenas propriedades;
- Trabalho como meeiro, parceiro, arrendatário ou agregado em propriedade rural de terceiros;
- Atuação como boia-fria em lavouras da região, ainda que em diferentes fazendas ou sítios ao longo dos anos.
Como comprovar atividade rural?
A maior dificuldade dos moradores da zona rural de Sardoá e Virgolândia está em comprovar os 15 anos de trabalho no campo, especialmente quando não há carteira assinada nem recolhimento formal de contribuições. Por isso, o INSS permite a apresentação de provas documentais e testemunhais.
Documentos que podem ajudar:
- Certidão de casamento ou nascimento com ocupação rural;
- Declaração do sindicato dos trabalhadores rurais;
- Contrato de parceria, arrendamento ou comodato rural;
- Blocos de notas fiscais de venda da produção rural;
- Comprovantes de cadastro no INCRA, DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), ou outros programas rurais;
- Fichas de atendimento médico em postos de saúde com referência à profissão;
- Declarações escolares dos filhos com menção à profissão dos pais;
- Comprovantes de participação em associações de produtores ou cooperativas locais.
Além dos documentos, testemunhas que conhecem o histórico de trabalho do segurado no campo também podem ser convocadas em audiência, principalmente se houver dúvidas por parte do INSS.
Qual o valor da aposentadoria rural?
A aposentadoria rural em Sardoá e Virgolândia normalmente tem o valor de um salário mínimo nacional (R$ 1.412,00 em 2025). No entanto, trabalhadores que contribuíram facultativamente ao INSS ou que exerceram períodos de atividade urbana também podem ter direito a uma aposentadoria de valor maior, dependendo do tempo e da média salarial das contribuições.
Esse benefício é vitalício e garante ainda o direito a:
- 13º salário anual;
- Acréscimo de 25% em casos de necessidade de assistência permanente (para aposentados inválidos);
- Pensão por morte para dependentes.
Aposentadoria híbrida: uma opção para quem alternou entre campo e cidade
É comum que moradores de Sardoá e Virgolândia tenham trabalhado parte da vida no campo e parte na cidade, como servente, vigilante, doméstico ou pedreiro, por exemplo.
Para esses casos, existe a aposentadoria híbrida, também chamada de aposentadoria por idade mista.
Nessa modalidade, é possível somar o tempo de serviço rural e urbano para completar os 15 anos de carência, respeitando a idade mínima.
O valor do benefício é calculado com base nas contribuições realizadas, e por isso, pode variar de um salário mínimo até valores maiores, conforme o histórico do segurado.
Como dar entrada na aposentadoria rural?
O pedido pode ser feito de forma online pelo portal Meu INSS, pelo aplicativo ou pelo telefone 135. No entanto, devido à complexidade da comprovação da atividade rural, o ideal é reunir toda a documentação antes de fazer o pedido.
Passo a passo:
- Reunir todos os documentos que comprovam a atividade rural;
- Organizar os períodos trabalhados com base nos dados e registros disponíveis;
- Solicitar o benefício no Meu INSS, anexando os documentos digitalizados;
- Aguardar a análise do INSS, que pode incluir uma entrevista ou exigência de mais provas;
- Caso o benefício seja negado, é possível apresentar recurso administrativo ou buscar o reconhecimento judicial.
A importância do apoio jurídico na aposentadoria rural
A aposentadoria rural em Sardoá e Virgolândia pode parecer simples, mas cada detalhe na comprovação pode definir o sucesso ou a negativa do benefício.
Muitos segurados têm seus pedidos indeferidos por ausência de documentos, erros no preenchimento do requerimento ou por não saberem que têm direito à aposentadoria mista.
Por isso, contar com o apoio de uma advogada especializada faz toda a diferença. Além de orientar sobre os documentos mais fortes para cada caso, o profissional pode acompanhar o processo, agilizar respostas, apresentar recursos e até entrar com ação judicial quando necessário.
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Se você ou alguém da sua família trabalhou no campo e está próximo da idade de se aposentar, não deixe para a última hora. Com o suporte correto, você pode receber o que é seu por direito e garantir tranquilidade na sua vida no campo.
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